mais um dia se passa e eu não faço nada para que seja diferente. talvez eu seja deveras estúpida por me sentir assim. eu preciso perder, não sei ganhar e definitivamente não é a primeira vez que isso me acontece, isso já vem de outros outonos e de outros fevereiros. as (re)leituras das orelhas mais amélies dos meus caios, não me foram suficientes e saciáveis para me embalar num sono profundo como de costume. a presença me bate constantemente à porta e eu preciso ingerir a falta não existente no vácuo entre mim e esse todo-nada que tenho tragado ultimamente. já era hora. os corpos cansam, eu tentei; tentamos. há ausência, não nego. é fora atrás de fora, realidade atrás de realidade e corpos alheios pulsantemente aditivados, alimentando-me mais do que a gasolina comum; o tanque esvazia-se. por mais que os palcos tenham me chamado para cima, eu insisto, mas essa é uma luta diária que frequentemente perco, não por falta de força, talvez vontade, talvez amor.
3 comentários:
"já era hora. os corpos cansam, eu tentei; tentamos. há ausência, não nego"
ler isso hoje foi lágrima inevitável.
Sua capacidade de desnudar-se em letras continua sedutora e avassaladora.
Um parabéns redundante, já que só apareço aqui para elogiar seu talento.
Estou propondo um brinde aos meus amigos da blogesfera.Apareça com sua taça no spleen para celebrar comigo.
Apareça quando puder.
Grande abraço
Eu viajo te lendo, numa mulher em mim que não conheço.
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