Vem o tempo e a vontade do passado de te encontrar em uma das esquinas da minha rua, a de cima ou a de baixo, eu nunca sabia por qual virias, mas sabia que vinhas de qualquer forma, não importando o horário, a vontade de nos vermos era maior. Vem o pensamento e me penetra num cinema de Almodóvar, romântico e detalhista, ou um Tarantino, brutal e engraçado; subitamente. E as memórias escorrem da cabeça para as mãos que tremem e suam em ausência de possíveis suspiros teus, mesmo que distantes - a distância é relativa - enrolam-se no meu sonho e te perseguem noite adentro, em busca de que compartilhes do mesmo devaneio. E depois dos pensamentos vem o tempo que se passou, trazer de novo, mais um sortimento de pensamentos até que, cansada, recuso-me e não sei dizer se essa noite é ou foi.
Um comentário:
Teu jeito de escrever muito me encanta. Crio paisagens e vivo e me vejo em outro mundo, outra cena, ao ler suas palavras.
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