Dos amores, a fênix.

- arrumai os amores, é a primeira regra da vida. saber arquivá-los, entendê-los e esquecê-los é questão de tempo&fé.

Porque dessa vez eu escrevo com a intenção de que seja lido da mesma maneira que foi na noite passada. Os cientistas dizem que o corpo humano só consegue sustentar uma paixão arrebatadora, por no máximo três meses, depois disso, acomoda e vira amor. Três meses foi o que durou, ou quase isso. Confesso ter ficado com pernas bambas, com o coração super acelerado e as mãos com sudoreses incontroláveis, quando, meio que de repente, nos esbarramos numa madrugada de fevereiro aos deleites da internet. Porque eu me senti como se estivesse ao teu lado, e por ser mulher, não nego que tenha crescido uma certa esperançazinha infeliz. Eu desejei sentir tudo aquilo de novo, eu senti saudades, e creio que você também, vontade de continuar o mal-acabado. Mas sabe, não se vive a mesma história duas vezes, é crueldade, é egoísmo. Três anos depois e eu aqui, milhas e milhas de distância, sentindo como se tivessem passado apenas três semanas. Mas agradeço, todos os dias, por ter parado, por ter caído a ficha de que eu estava me aproveitando da tua sensibilidade e por ter me sentido a pessoa mais egoísta do universo, então. Caso tivesses se envolvido, maisumavez, aconteceria tudo de novo, igual, como há três anos e logo aconteceria o efeito boomerang da primeira vez, de tudo o que vai, volta, e sinceramente, eu não gostaria de viver tudo aquilo de novo. Talvez sim, na mesma intensidade, no mesmo carinho, mas não daquele jeito do começo, pois te confesso que sofri no final (in)esperado. Aquele carnaval fora mágico e as máscaras terem caído logo no dia seguinte... Foi brutal demais, acabou com toda a fantasia.
- Obrigada por não se envolver.
É engraçado perceber uma certa semelhança e voltarmos a nos falar logo agora, mas as semelhanças e retornos, não são fatores suficientes para fazer com que dois corpos vivam novamente a mesma sensação de outrora, então paro de desejar que o relógio gire as duas vezes, pois de nada adiantará, os ponteiros nunca se encontrarão, já que enquanto um amanhece, o outro ainda está anoitecendo. Mas sabe? Quando é para falar o que estou falando agora, eu já não sei mais escrever, fica tudo meio sem nexo e a minha falta de dom para explicar as coisas... O dedo na goela. O fato é que continuo com a cabeça firme no pensamento de "o que for pra ser, será", não importa quando, nem como, nem onde, nem porquê, mas agora sem aquelas falsas esperanças embebidas no meu famoso copo de ilusão sem gelo, cowboy.
E que continuemos assim, nos bastando, virtual. (Sobre)vivendo nas madrugadas afora.

- porque (re)começar uma história como essa é, por tantas vezes, complicado e absurdo.

2 comentários:

ape. disse...

escrever sobre o amor deixa a gente doente.

Carolina Pires. disse...

escrever sobre amor, deixa a gente retardado.