A infâmia nunca me dá as caras. Talvez fosse pelo fato de ter uma grande dosagem de álcool diluída em pouco sangue, os corpos já não respondiam tanto por eles próprios, o instinto, a impulsão era muito maior do que se possa imaginar. O ambiente dessa vez estava realmente resumido em sudoreses e não havia janelas abertas capazes de impedir tal... Luxúria. A famosa saída à francesa, tornou-se alemã, brusca e deixou claro aos mais íntimos, o ar, a pretensão estampada em ambas as faces, afinal há tempos os corpos não se encostavam tão impetuosamente. - Desculpe, não pude controlar, era mais forte que eu. Parece até que após tirar certo peso das costas, a trama tornou-se muito mais pulsante. – Espera-se que o tal peso, não resolva dar as caras novamente, diz-se, por fim, que o recado fora compreendido. Dessa vez não houve tempo para troca de olhares, era sexo sem perdão mesmo, a tara, desequilíbrio, era maior do que se podia manipular, afinal, as mãos andavam bem melhor ocupadas do que para quaisquer tentativas de controle próprio – pelo visto, ambas as peles não queriam mandos da razão, exalávamos aquilo tudo e nada parecia poético. O odor característico perseguiu-me noite adentro, nem meu soutien fora poupado de, os cabelos então... Eles sim, diziam tudo, cada fio, detalhe por detalhe; o desejo por ti, assim, da cabeça aos pés. Pé ante pé, caminho a casa com astúcia.
Constatação do dia: Hoje é dia de lavar as roupas.
Um comentário:
Há muito não sei o que sair a francesa, tenho sido brutal e voraz na maioria das vezes, mas saio pé ante pé, afinal casa é lugar sagrado.
Beijos
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