Muitas saudades, quatro compassos e um xote.

"Pois eu fiz juras de amor que não cumpri e pra falar bem a verdade, nem sei se o amor de fato existia. A carência pode ser mais uma de minhas paixões. Eu sempre sei a hora de voltar pra casa e normalmente volto, por medo. Medo de me entregar e estragar todo aquele castelo que construímos, juntos, após juras, brigas, ciúmes, impulsividade, gelo, distância e saudade. Mas castelo pra que? Uma cabana, por vezes, faz-se mais aconchegante."

Há mais de um ano eu te disse apenas isso e hoje eu disse muito mais, o que não vem ao caso. Não há qualquer sentimentalismo romântico no desabafo quilométrico que escrevi e enviei hoje mais cedo, aliás, acho que nunca existiu de fato, mas há toda uma saudade imensurável. 
Fico feliz com sua felicidade ao mesmo tempo que me detesto por ter te deixado para trás, abandonando nossa fiel amizade que era o que havia de mais intenso - acima de quaisquer respirações ofegantes algumas vezes compartilhadas - pelo simples e ingênuo fato de ter me envolvido com o ineficaz, criando em mim todo um sentimentalismo em vão e que perdura até então. Desculpe-me, por favor.
Que voltes logo e que não tenhamos mais oceanos nos separando. Quero poder te abraçar e enfim abençoar teu namoro e todo amor que ela tem a te oferecer, coisa que eu não fui e acho que nunca seria capaz de. Mereces muito mais do que eu tenho a dar, com certeza.

Com todo o meu amor um pouco torto,
Carol.

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