À espera da espera.

Eu me perco no encanto do impróprio. No entrelaçar inseguro da tua mão trêmula na minha mão fria que te retribuía o toque sem pestanejar ao caminho de casa após abusar da tua carta de alforria temporária; no olhar cheio de medo de fazer o que já se queria há tanto... E fizemos. A felicidade se apresenta voraz e insegura. Há muita incerteza nesses dias e eu caio no sono por cansar das elaborações cheias de esperas, porque é com outra perna que tu te enlaças toda noite no frio que tem feito nessa última semana. Eu aposto no tempo que se desdobra e me conhece na ansiedade, no roer das unhas que têm me alimentado desde que nos permitimos e na pressa que tenho dessa calma dos acontecimentos. Torço sempre pela hipocrisia, em todos os sentidos - de frente, de lado, de costas. - Nunca gostei de regras, mas sempre fui obrigada a cumprí-las. Dessa vez não, não há de cessar por aqui. Que eu saiba sentir. Na indecisão do teu librianismo... Que eu saiba sentir.

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